Filme documentário gravado durante o festival, em março deste ano segue em exibição pelo Brasil e chegará à Argentina e à Nigéria.


Neste domingo (6), o documentário Egúngún: a sabedoria ancestral da família Agboola estreia em Belo Horizonte, Minas Gerais, no Cine Santa Tereza, às 19h.

o filme documentário gravado durante o festival do orixá relacionado à ancestralidade, em Areia Branca, Lauro de Freitas – Bahia, narra parte da história do ilustre sacerdote Àkànó Fásínà Agboolà o Àràbà da cidade nigeriana de Lagos, o qual foi divinizado através do culto tradicional yorùbá após a sua morte (1991).

Capa do filme.

O chefe da tradicional família religiosa na Bahia, o Oluwo Ifágbaíyin Awolola Agboolà, é quem vai contar essas histórias do seu ancestral espiritual, ao tempo em que abre as portas da sua ẹgbẹ (comunidade religiosa), permitindo que os espectadores acompanhem, de perto, a preparação e a execução de um grande festival dedicado ao orixá Egúngún, através do qual, os antepassados divinizados são prestigiados dentro da religião tradicional de orixá.

Para a milenar cultura yorùbá, cultuar Egúngún representa a manutenção do respeito aos antepassados ilustres, que são imortalizados, e na ocasião dos festivais anuais, visitam os seus descendentes para lhes proporcionar inúmeras bênçãos, enquanto é celebrado com muita música e dança.

O filme de longa-metragem, gravado em idioma português e legendado em inglês, tem como contexto, o festival realizado em março deste ano, ocasião na qual, em celebração aos 62 anos de iniciação do Oluwo Ifágbaíyin, 300 baianos(as) foram iniciados(as) no culto de Egúngún, sem custo algum. Fato que estabeleceu um marco histórico para a religião de orixá no Brasil, e que segue registrado nessa obra audiovisual.

Após estreia em Salvador no dia 8 de julho, o filme já foi exibido também na capital alagoana, Maceió (11) e em Caruaru, Pernambuco (24), e segue para exibição em Sergipe, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Argentina e Nigéria, país de origem do notável Oloye Àràbà Àkànó Fásínà Agboolà, e local onde os filhos e demais descendentes residem até os dias atuais.

Com produção executiva do sacerdote, teólogo e escritor Ifágbaíyin Agboolà (Gilmar Xavier de Oliveira), o longa-metragem tem direção, cinematografia, edição e montagem feitas pelo artista visual e cineasta baiano, Gilucci Augusto. O documentário conta também com trilha sonora original, produzida e gravada na Bahia, com participação de músicos consagrados do gênero axé music. O filme tem 103 minutos de duração, classificação indicativa livre para todos os públicos, áudio original português brasileiro e terá sessão única em sua estreia. A entrada é gratuita e a reserva é feita através da plataforma Sympla, até 20 minutos antes do início da sessão.